Estudo aponta que os professores brasileiros são os que mais perdem tempo de aula.

De acordo com a pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), realizada em 2013, os educadores brasileiros perdem 13% do tempo resolvendo problemas burocráticos e 20% do tempo acalmando os alunos e colocando a classe em ordem para poder ensinar – vale destacar que nesse item, a média dos 33 países pesquisados é de 13%. Além disso, o estudo aponta que 60% dos professores brasileiros afirmam ter mais de 10% de alunos-problemas em sua sala de aula – o maior índice entre todos os países pesquisados. A Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Teaching and Learning Internacional Survey, Talis, na sigla em inglês) coleta dados sobre o ambiente de aprendizagem e as condições de trabalho dos professores nas escolas de todo o mundo com o objetivo é fornecer informações que possam ser comparadas com outros países para que se defina políticas para o desenvolvimento da educação. Confira mais dados da  pesquisa divulgados pela OCDE:

Intimidação verbal entre alunos O Brasil lidera a pesquisa com 34,4% dos relatos de professores, seguido pela Suécia (30,7%) e Bélgica (30,7%).

Alunos que chegam atrasados O índice no Brasil é de 51,4%, menor que a média dos países, de 51,8%. Países mais desenvolvidos têm alunos que atrasam mais, como Finlândia (86,5%), Suécia (78,4% Holanda (75,7%), Estados Unidos (73,3%) e França (61,6%).

Alunos que faltam às aulas Os alunos brasileiros estão na média, com 38,4%. Suécia (67,2%), Finlândia (64%) e Canadá (61,8) têm números maiores. O menor índice é da República Checa (5,7%).

Intimidação verbal de professores O Brasil é primeiro lugar com 12,5%. Em seguida vem a Estônia (11%).

Uso e posse de drogas e/ou álcool Nos relatos, o Brasil tem o mais alto índice (6,9%), seguido pelo Canadá (6%).